Origem da Tipografia do Conto
O edifício que contém a Tipografia do Conto foi construído no início do século XX para albergar pequenas actividades industriais, típicas do centro burguês da cidade, como uma Tipografia e uma Oficina de Artes Gráficas, entretanto desactivadas.
No entanto, a memória não se perdeu, uma vez que o novo projecto arquitectónico evoca essa condição «oficinal» anterior, mantendo, para isso, a fachada principal, em pedra, num estilo deco simplificado, o pátio central de iluminação e ventilação, e a flexibilidade espacial interna, sobretudo ao nível do piso térreo.
A Tipografia do Conto segue os mesmos princípios da Casa do Conto, primeiro projeto deste promotor hoteleiro, cuja obra, do atelier Pedra Líquida, recebeu a Menção Honrosa do Prémio João de Almada 2012, destinado a galardoar os melhores exemplos de reabilitação patrimonial no município do Porto.
A Tipografia do Conto, obra do mesmo atelier, ressurge agora completamente reabilitada propondo-se, uma vez mais, contrariar a usual oferta residencial da cidade, cada vez mais genérica e impessoal, pela recriação da atmosfera de tipografia – arte e processo de criação na composição e impressão de um texto.
Os tetos em betão apresentam textos gravados em baixo relevo onde é possível ler passagens, excertos ou fragmentos de vários autores de referência nacional e internacional ligados a diversas áreas: arquitetura, investigação, docência, curadoria, design gráfico e críticos de design.